terça-feira, 31 de janeiro de 2012

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Talvez o maior erro seja
tentar não errar
O dia nasce todo dia sem se importar em saber
o que é melhor ou pior,
custar ou se apressar
O que falta ser feito
e o que não se devia fazer.

Por não saber o nome do que sinto
eu não devia sentir?
O indefinido tem seu próprio tempo
o tempo preciso de que precisar
o teu olhar tem uma cor que me dói
e no teu sorriso eu me sinto emergir
por não conseguir explicar eu não devo
falar?

Eu não sei como dizer,
sequer o que dizer
e o seu porquê
o sentimento do indefinido
é definitivamente vivo e ele há
de me levar
a qualquer lugar que seja
o qualquer lugar em que tu está.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Morrer e depois dormir

a dor é sempre do lado esquerdo
quem não quer saber é que sabe do mal
O dia dura, no mínimo, o dia inteiro
O ponteiro do relógio é um punhal
um minuto, incerto, pode ser eterno
certeiro, um minuto dura um minuto e ponto final
quem não quer lembrar
é por não saber esquecer
não saber deixar morrer,
e depois ir dormir.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Sonho

Era como se o começo fosse o fim
Como se o fim fosse o final
Era como se o "como se"
Fosse o que houvesse de mais real
Era como se hoje fosse ontem
E o amanhã uma espécie de sentir-se mal
Era como se eu mesmo não fosse o mesmo
O sonho fosse sonho para dentro de si
E o "como se fosse" não fosse nada a mais
que o nada demais
E era como se
Como se fosse o como é
fosse tudo exatamente igual

domingo, 15 de janeiro de 2012

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Às vezes eu me esqueço:
eu não me importo.
às vezes me importo tanto
que me esqueço