terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Três meses/Sete diaas

mal o sol nasce
vem e se põe
mal se opõe
o sol nos renasce
vida condenada
a não ver o seu fim
reencarnando sucessivamente seu sim
ressurgindo em seu perfeito estado febril
Sua massa informe, seu soberbo Si mesmo
Assim, meu inflamado afeto é afeito
a eclipsar-se dia após noite
em busca de seu semblante final
Inalcançável, por sinal
Incansável em se suceder
compondo em seu desvanecer
sua incandescente e crescente certeza
forte, violenta e não menos aflita
o sorriso dela
do nascente ao poente
é a mais bela parte de minha lida
Meu amor: fogo de uma vela de sete vezes sete dias