domingo, 4 de abril de 2010

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Tua presença é feito um mar
que arrasta ao fundo minha dor
mas teus olhos feitos d'água
nunca pude decifrar
E se decidido estava
a deixar tudo no meio
tu me lanças vida abaixo
na vertigem de um sorriso
E o que antes era medo
é o que agora eu sigo cego
o meu reino por um resto
de compreensão num mundo alheio

Não me entenda errado

nem certo

Não há nada a ser traduzido

O que eu sinto nem tem nome

mal começa e já está findo
mal findo e recomeça
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Tua presença é mesmo um mar

Que me arrasta outra dor
mais fundo que eu quero chegar

é onde não estou
uma ausência que invade
a vertigem que aumenta
que alenta sendo mágoa
uma mentira tão sincera
e eu te aumento com meus préstimos
eu te engano e a mim mesmo

te encaixo em cada plano
depois desfaço todos eles
eu sacrifico em teu altar

oferto vidas em segredo
mee abraço com tua sombra
e nela eu me perco

principalmente eu me perco
no perfil de teu espanto
O que eu digo são os restos
são feridas que eu mesmo estanco

Onde que mora o meu medo?
Onde é o medo que tu mora?
Há certos gestos que eu não esqueço

Um comentário:

Ana Nery C. Lima disse...

a cada nova poesia descubro que vc é um excelente "desvendador" de sentimentos. te admiro não somente por sê-lo, mas transmitir tão bem o que sentes para as palavras. orgulho-me de ser sua amiga-fã-pacinete