quarta-feira, 5 de maio de 2010

Um ponto a-final

No fim de tudo
o início da semana
finda a semana
o poço é sem fundo
sexta treze
sexta santa
cesto de lixo
poemas prematuros

cinzas de cigarros
minha mão na tua
e as tuas duas mãos
tão bem atadas
de longe vejo
o que está mais perto
distante ouço
o teu sussurro
grito semi-verdades
e sem querer concluo
para melhor nadar
deixar-se afogar
e o único afago
é o silêncio do fim
no fim de tudo
a beleza de um sóbrio
e sombrio ponto final.

Um comentário:

Vinicius Braga disse...

"Pior que o fim do mundo, para mim é o fim do mês. É Drumembês" Zecult Baleiro.