pedaços
Preciso que perdoe a calma
me consinta a falta
e escute os delírios
Preciso te trair e mudo
morder a luz do dia
nos arrancar um pedaço
Pintar nosso retrato
espelhado em teus olhos
de preferência fechados
Preciso não precisar de nada
esquecer a rima,
me desfazer na rua
Arruinado no rastro escuro
de alguma qualquer outra
sedutora ruína
eu te busco o pretexto
para diluir em verso
o amargo próprio do absurdo
Expor em termos próprios
a imprópria ferida
e esquecer os motivos
Um comentário:
Gostei pra caramba de
"para diluir em verso
o amargo próprio do absurdo".
Postar um comentário