quinta-feira, 27 de agosto de 2009


Em vésperas de saudade


Da cidade, hoje, quero o silêncio
sem toques de tambor
transes pelas esquinas
assembléias de deus
ou legislativas
nenhuma maneira de ver
o que ali não está

Dessa província em que a gente não cabe
quero um só retrato: o mais nítido
todos os buracos, brisas, vícios
temperaturas, intensidades e tensões

Quero voltar de onde ainda nem chegamos
Porque o prazo já passou e já faz tempo
Não vale o risco de um último passeio
Não vale a insensatez de sentir saudade

Um comentário:

Unknown disse...

..vou cultivando a insensatez de sentir saudades.. muitas saudades.. e além da saudade a insensatez de que pra sempre seremos nossos...