quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Todos os poemas são de amor


Dos desencontros


Depois de ter dado meu coração
numa bandeja parecida de prata
e oferecido minha costela para ela
num dia que foi feito de camas
foi que ela me disse:
olha, até foi bacana
mas acontece que sou vegetariana.

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Canção do coração despedaçado no fundo do poço

AAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHH...
(o poço não tem fundo)

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Triste nos trópicos

Era um dia sombrio
E era um dia de sol
Porque não dá pra ficar sem um dia sombrio
no período de seis meses
E logo a gente aprende a ficar triste
nas mais diversas temperaturas

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O bêbado e a desequilibrista

Não recomendável
esse pulverizado amor
de tão arriscado
Vagarosamente casual
e um tanto quanto insólito
A saudade que vai dar é daqueles beijos vermelhos
de elevadíssimo teor alcoólico

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