No dia h, na hora d
Escrevo palavrões na testa
e saio como se fosse um cisco no olho da rua
Componho terríveis e comoventes versos de amor
para as mais suaves melodias demoníacas
te digo e juro que te amo
enquanto te apunhalo carinhosamente- pela frente
e depois pervertidamente - pelas costas
bebo sofregamente um copo d'água
enquanto arranco um por um
os cachinhos do meu anjo da guarda
e não me arrependo sequer de tudo
e me arrependo até de nada
inclusive de rabiscar nas paredes
da minha mesma sempre outra casa
que amanhã foi o dia mais infeliz da minha vida
Um comentário:
nesse exato momento descrito deixarei mais verbetes para alegrar-te.. se não conseguir fazê-lo saiba que houve a intenção e a dedicação em tentar..
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