quarta-feira, 21 de julho de 2010

o pesadelo ( isto não é um poema; é um pesadelo)

Um turbilhão de poetas
despejando palavras incompreensíveis
na minha retina

erguendo altares
a seus calos,
dores
e receios
Um turbilhão de poetas
E nenhuma poesia

Em mim apenas
a vontade de berrar-lhes no ouvido
Até estourar-lhes
o crânio
e tirar-lhes
o que eles pensavam que era a vida.

Se há tantos poetas para que
querer poesia?
Para que poesia
se há já tantos poetas?
No pesadelo eu vi
Na ultima derradeira esquina
A poesia é uma velha desdentada
e faminta
cotidianamente estuprada pelo despudor
dos que se dizem poetas

6 comentários:

Fernanda disse...

Talvez até saiba de onde veio tal inspiração... Isso que é poesia! Te amo

Fernanda disse...

Ah!!! Gostei do layout do blog... tranquilizante!

Fernanda disse...

Praiano...

Alexandra disse...

ham ham.

Vinicius Braga disse...

Nem li ainda, mas essa porra não tinha acabado? Hahaha!

Vinicius Braga disse...

Todo poeta esse Márcio Clayton.