o pesadelo ( isto não é um poema; é um pesadelo)
Um turbilhão de poetas
despejando palavras incompreensíveis
na minha retina
erguendo altares
a seus calos,
dores
e receios
Um turbilhão de poetas
E nenhuma poesia
Em mim apenas
a vontade de berrar-lhes no ouvido
Até estourar-lhes
o crânio
e tirar-lhes
o que eles pensavam que era a vida.
Se há tantos poetas para que
querer poesia?
Para que poesia
se há já tantos poetas?
No pesadelo eu vi
Na ultima derradeira esquina
A poesia é uma velha desdentada
e faminta
cotidianamente estuprada pelo despudor
dos que se dizem poetas
6 comentários:
Talvez até saiba de onde veio tal inspiração... Isso que é poesia! Te amo
Ah!!! Gostei do layout do blog... tranquilizante!
Praiano...
ham ham.
Nem li ainda, mas essa porra não tinha acabado? Hahaha!
Todo poeta esse Márcio Clayton.
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